As investigações do Ministério Público para combater e punir envolvidos com as “rachadinhas” não devem se limitar ao pastor José Alves Cavalcante, alvo de uma operação do Gaeco na manhã de quarta-feira (3). No entorno do deputado estadual Rafael (PSB), que está sendo investigado pela 32ª Promotoria de Justiça após denúncia formal sobre a prática de “rachadinha” em seu gabinete, o clima é de apreensão. Há temores de que o parlamentar seja o próximo alvo.
Trechos do relatório de inteligência financeira, alterado pelo MP maranhense, indicam movimentações “incompatíveis com o patrimônio, atividade econômica, ocupação profissional e capacidade financeira” de Rafael. O relatório também aponta que um dos cinco então suspeitos de integrar o esquema, Jhonata de Sousa Monteiro, continua registrado pela Assembleia Legislativa sem prestar serviço ao parlamento estadual. O rendimento mensal líquido do taxista em Timon é de R$ 14.168,80.
Outro ponto destacado pelo documento é a possibilidade de depósitos recorrentes de valores semelhantes por parte de Jhonata Monteiro e Eduardo Lírio de Sousa Leite, outro suspeito de integrar o esquema – já exonerado. As investigações foram conduzidas de maneira técnica na 32ª Promotoria, sob o comando do promotor Marcos Valentim Pinheiro Paixão, titular da 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Probidade da Comarca da Ilha. Novos desdobramentos são aguardados para as próximas semanas. Até o fechamento deste texto, nenhum dos citados se manifestou.
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