Talvane Hortegal é suspeito de praticar suposto peculato consistente de pagamentos por serviços médicos não prestados.
O vice-prefeito do município de Chapadinha, Talvane Hortegal (PSDB) pode ser condenado por peculato consistente de pagamentos por serviços médicos não prestados.
É o que aponta a investigação da Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (Seccor), que foi detalhada em inquérito obtido com exclusividade pelo site Maranhão de Verdade.
De acordo com o documento ao qual tivemos acesso, o Inquérito Policial 04/2021, do 2º DECOP antiga VPI 16/2020, do 2º DECCOR/SECCOR, apurou o suposto peculato consistente de pagamentos por serviços médicos não prestados, atribuído Talvane Ribeiro Hortegal, médico e ex-vice-prefeito de Chapadinha.
Os fatos, segundo a reportagem apurou, são inerentes ao ano de 2020. O médico Kaio Aguiar Hortegal, filho de Talvane e irmão da ex-deputada Thaise Hortegal, também é apontado como beneficiário do esquema. A investigação revelou um prejuízo aos cofres públicos de R$ 331.939,56 líquidos.
Reincidência do ex-vice – Talvane já é um velho conhecido das autoridades que investigam corrupção no estado. Além desse inquérito policial, o ex-vice-prefeito de Chapadinha, também responde a outro inquérito no âmbito do Ministério Público por prática delituosa.
Em um dos casos, a 1ª Promotoria de Justiça de Chapadinha chegou a converter uma notícia de fato em inquérito civil contra o médico. O procedimento foi instaurado ainda quando Talvane estava no cargo de vice-prefeito, ocorreu por determinação do promotor de Justiça Douglas Assunção Nojosa.
O promotor justificou a necessidade de outras diligências investigatórias para apurar eventual acumulação indevida de cargos públicos por Talvane, e a suposta celebração de contrato entre a prefeitura e o vice, para locação de um imóvel.
Na época, um ofício, comunicando a instauração do inquérito, foi encaminhado ao atual mandatário do Executivo municipal, Magno Bacelar (PV), bem como ao vice-prefeito. Ambos receberam do Parquet o prazo para apresentação de defesa.
Pivô de escândalo – Talvane também é apontado como um dos integrantes da ‘máfia da saúde’ que atua no Hospital Regional Dr. Jackson Lago, na cidade de Pinheiro, principal unidade de saúde com referência na baixada.
Segundo as denúncias, o ex-vice-prefeito chapadinhense é proprietário da empresa T.R. Hortegal-EPP – cujo nome de fantasia é Centro Clínico Hortegal – que teria sido contratada por R$ 147,1 milhões para fornecer materiais médicos hospitalares às unidades de saúde do estado.
No Macrorregional, a atuação de Talvane Hortegal era no mínimo curiosa. Na unidade, ele estava contratado como médico, por intermédio do Instituto de Tecnologia e Gestão Humana Ltda. – INTEGH, com carga horária de 28 plantões de 24 horas/mês, o que perfaz um total de 672 horas/mês, recebendo como remuneração R$ 70 mil mensais. Os detalhes, entretanto, serão destrinchados numa série especial que vai trazer detalhes sobre o assunto
