O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou, nesta quinta-feira (6), a fala do ministro Luís Roberto Barroso sobre a implementação do voto impresso no Brasil. Barroso disse que o método de eleição criaria “o caos” e Bolsonaro rebateu dizendo que, se promulgado, a “eleição de 2022 terá voto impresso e ponto final”.
Durante transmissão ao vivo em suas redes sociais, o presidente leu a notícia em que Barroso, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fala que o voto impresso criaria o “caos”.
“Nós vamos criar o caos em um sistema que funciona muitíssimo bem”, disse Barroso nesta quarta-feira (5) em entrevista à GloboNews.
Em resposta, Bolsonaro atacou o ministro do STF e TSE. “Eu acho que ele [Barroso] é o dono do mundo, o Barroso, só pode ser, o homem da verdade absoluta, não pode ser contestado. Ninguém mais aceita o voto que tá aí, como vai dizer que esse voto é preciso, legal, é justo?”.
Com críticas incisivas ao sistema de votação impressa, o presidente afirmou que se em 2022 não houver voto impresso, não haverá eleição.
“Se o Parlamento brasileiro, por maioria qualificada, por 3/5 da Câmara e no Senado, aprovar e promulgar, vai ter voto impresso em 2022 e ponto final. Vou nem falar mais nada, vai ter voto impresso. Porque se não tiver voto impresso é sinal de que não vai ter eleição, acho que o recado tá dado. Não sou dono da verdade, mas eu respeito o Parlamento brasileiro assim como eu respeito o artigo quinto da Constituição”, disse.
Bolsonaro defendeu que, ao ser favorável ao voto impresso, é também favorável à democracia.
“Quem acha que não tem fraude, porque está com medo do voto impresso? Quem quer uma democracia e quer que o voto valha de verdade, tem que ser favorável. Parabéns a Bia Kicis, autora do projeto e ao Arthur Lira. Quem for contra, ou acredita em Papai Noel ou tá do lado do Barroso, ou sabe que pode ter fraude e acha que irá se beneficiar”, afirmou o presidente.
A CNN está em contato com a assessoria de imprensa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e com a assessoria do ministro Barroso e aguarda retorno.
Via CNN