“Não é justificável o Flamengo aceitar levar na camisa uma marca que incentiva o negacionismo”, disse o grupo, em nota.
O Flamengo anunciou, na segunda-feira (10), que a loja Havan irá estampar sua marca nas mangas das camisas do clube. A notícia desagradou alguns torcedores devido à atuação política do dono da Havan, Luciano Hang, bolsonarista assumido e negacionista contra a covid-19.
O acordo de patrocínio levou o grupo político “Flamengo da Gente” divulgar nota nas redes sociais contra a nova parceria. “Não é justificável o Flamengo aceitar levar na camisa uma marca que incentiva o negacionismo em relação à principal crise sanitária das últimas décadas”.
Na nota, o grupo lembra que a camisa da Seleção Brasileira é, hoje, rejeitada por muitos torcedores brasileiros, devido ao fato de a “amarelinha” ter se tornado sido símbolo de manifestações da direita e da extrema-direita. “Não podemos permitir que o Manto Sagrado [a camisa do Flamengo] enverede pelo mesmo caminho”.
O posicionamento do grupo político é o mesmo de alguns famosos, que lamentaram a parceria. O humorista Antônio Tabet, que já trabalhou na comunicação do clube, não citou diretamente o acordo, mas escreveu: “Há valores que nenhum dinheiro no mundo pode comprar”. O jornalista André Rocha considerou “execrável”, contudo, não se mostrou surpreso. “Nada de novo no front. Acho que até demorou para acontecer”. O ator José de Abreu opinou que “o Flamengo vai se ferrar rapidinho com esta politização ridícula”.
O acordo entre Flamengo e Havan vai até o fim de 2021 e deve render ao clube R$ 6,3 milhões.
Leia a nota do “Flamengo da Gente” na íntegra: