
A vaquinha criada para ajudar o alpinista voluntário que participou do resgate do corpo da brasileira Juliana Marins, encontrada morta após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, foi cancelada na tarde deste domingo (29/6). A arrecadação havia reunido R$ 522 mil, valor que será devolvido integralmente aos doadores.
A campanha buscava enviar recursos para o alpinista Agam, que, ao lado de outros sete voluntários, desceu cerca de 590 metros de penhasco para resgatar o corpo de Juliana, enfrentando condições climáticas adversas e risco de morte durante a operação. Durante o resgate, Agam chegou a dividir o último pedaço de chocolate que tinha com a equipe, enquanto passavam a noite ao lado do corpo de Juliana, presos por cordas em uma rocha.
“Na hora que desci, sabia que talvez não tivesse volta. Mas ela não podia ficar lá sozinha”, relatou o alpinista, que machucou a perna durante a missão.
A vaquinha foi organizada pela Voaa, plataforma vinculada ao Razões para Acreditar, que informou que a decisão de cancelamento ocorreu após questionamentos de internautas sobre a taxa administrativa de 20% cobrada pela plataforma. Segundo a organização, a taxa sempre foi informada previamente e cobre os custos de operação, mas, diante das críticas, optaram por encerrar a arrecadação e devolver os valores.
“A taxa de 20% praticada pela Voaa é resultado de um modelo de operação único, que vai muito além de simplesmente disponibilizar uma plataforma para arrecadação”, esclareceu a instituição em nota.
De acordo com a Voaa, o reembolso ocorrerá de forma automática a partir desta segunda-feira (30/6), diretamente pelos meios de pagamento originais utilizados por cada doador, sem necessidade de solicitação, respeitando os prazos de cada operadora.
Antes do cancelamento, Agam havia informado que o valor arrecadado seria dividido entre ele e os outros sete voluntários que participaram do resgate no Monte Rinjani.





