O número 420, impresso na ‘cédula’, é uma alusão ao uso de maconha.
No último sábado (17), as polícias Civil e Militar de Bacabal realizaram uma operação que resultou com a prisão de uma pessoa, duas motocicletas apreendidas, além da apreensão de uma ‘cédula’ falsa de R$ 420, em alusão ao uso de maconha.
Segundo a polícia, durante a operação, foi dado cumprimento a um mandado de prisão contra um homem, porém o motivo da detenção não foi informado. A prisão aconteceu na cidade de Bom Lugar, a 288 km de São Luís, após um trabalho investigativo e de monitoramento.
Além da prisão, as polícias apreenderam duas motocicletas, que haviam sido roubadas. Uma delas foi tomada de assalto na noite de sexta-feira (16), por um casal portando uma arma branca.
O veículo foi recuperado no fim da noite de sábado, quando a PM fez a condução de uma suspeita, que estava em posse da motocicleta roubada.
Na Delegacia Regional, a mulher que estava em posse da moto não foi reconhecida pela vítima como sendo autora do crime, por isso, a suspeita acabou sendo liberada. Já o veículo, foi evolvido ao proprietário.
Ainda no fim da noite do sábado, a PM e a Civil realizaram abordagens de forma preventiva nos bairros Trizidela, Areia, Vila Pedro Brito, Terra do Sol, Novo Bacabal e Centro de Bacabal, a cerca de 250 km de São Luís. As ações também foram feitas na cidade de Bom Lugar.
Durante a operação, as polícias apreenderam em um bar, em Bacabal, um canivete e uma cédula falsa de R$ 420. A cédula verde, tinha uma imagem do bicho-preguiça e de folhas de maconha, em alusão ao uso do entorpecente. O número 420, impresso na cédula, também é uma alusão à maconha.
Saiba porque o número 420 se tornou um símbolo da maconha
A origem do 420 remete ao ano de 1971, quando passou a ser usado como uma senha por estudantes de ensino médio de San Rafael, no estado americano da Califórnia.
No outono daquele ano, cinco adolescentes encontraram um mapa desenhado a mão que supostamente mostrava a localização de uma plantação de maconha em Point Reyes, próximo a San Francisco.
Eles resolveram encontrar o “tesouro” e marcaram de se reunir para a expedição as 4h20 da tarde. Nunca encontraram a plantação, mas a hora do encontro não seria mais esquecida.
“A gente fumava muita maconha naquela época”, contou à BBC Dave Reddix, um membro do grupo que tinha até nome, os Waldo. Reddix, que na época tinha o codinome de Waldo Dave, hoje tem 59 anos e trabalha como cineasta.
“Metade de nossa diversão era encontrar a maconha”, conta.
‘Deadheads’
A confraria passou a usar o número 420 para seus membros da confraria para rodas de maconha. Logo a senha começou a se espalhar entre os amigos, os agregados, os conhecidos, entre eles os integrantes de uma banda de rock californiana, os Grateful Dead.
Rapidamente, o 420 passou a fazer parte do vocabulário dos “deadheads”, como eram chamados os fãs do Grateful Dead.
Em 1990, o termo e a explicação foram impressos em um folheto da banda. Foi assim que o código foi descoberto por Steve Bloom, editor da revista uma das primeiras publicações sobre a maconha nos Estados Unidos.
A equipe da “High Times” entrou na onda e passou a fazer suas reuniões de pauta às 4h20 da tarde.
Além disso, há vários anos, usuários de maconha se reúnem em várias cidades dos Estados Unidos e da Europa em um ato para discutir uma nova política para a droga. O encontro é sempre em 20 de abril (que em inglês é escrito na forma 4/20, em função do mês 4 e do dia 20).
Info: G1