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Giro de Notícias: MPF ajuiza ação de R$ 10 milhões contra Sikêra Jr. e RedeTV! por homofobia.

O Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul entrou com uma ação pública contra o apresentador Sikêra Jr. e a RedeTV!, após o jornalista ter tecido comentários preconceituosos contra o público LGBTQ+ durante o programa policial Alerta Nacional.

O órgão ainda pede que as duas partes paguem uma indenização de R$ 10 milhões. Sikêra chegou a chamar a comunidade de “raça desgraçada”.

Segundo a petição, assinada pelo procurador regional dos Direitos do
Cidadão, Enrico Rodrigues de Freitas, em parceria com o grupo Nuances – Grupo Pela Livre Expressão Sexual, Sikêra Jr. carrega uma “constante ameaça nas próprias falas”, que contêm “teor discriminatório e de preconceito”
Além de associar a homossexualidade com práticas de crimes associados à pedofilia, o apresentador “estimula a violência contra este grupo, caracterizando discurso de ódio e menosprezo pelo ordenamento jurídico e pelas instituições democráticas”, diz a ação pública.

O discurso do apresentador, feito no programa de sexta-feira (25), aconteceu por conta de uma propaganda do Burger King em que crianças de diferentes idades são entrevistadas e explicam que é normal ver homens e mulheres do mesmo sexo juntos. Algumas delas têm pais que são gays.

“Vocês são nojentos. A gente está calado, engolindo essa raça desgraçada, mas vai chegar um momento que vamos ter que fazer um barulho maior. Deixa a criança crescer, brincar, descobrir por ela mesma.

O comercial é podre, nojento. Isso não é conversa para criança”, disse o apresentador ao vivo.

A campanha sofreu forte rejeição do público conservador e virou alvo de redes bolsonaristas. “A criançada está sendo usada. Um povo lacrador que não convence mais os adultos e agora vão usar as crianças. É uma lição de comunismo: vamos atacar a base, a base familiar, é isso que eles querem. Nós não vamos deixar”, continuou Sikêra.
Na ação, o MPF e o grupo Nuances pedem que tanto a RedeTV! quanto Sikêra Jr sejam condenados a pagar uma quantia de R$ 10 milhões a título de indenização por danos morais coletivos. O montante deverá ser destinado à estruturação de centros de cidadania LGB.

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