Após receber com muita tristeza o pedido da impugnação de sua candidatura, o candidato a prefeitura de Estreito, Léo Cunha, parece ter perdido o controle.
Na última sexta feira quando a notícia do pedido de sua impugnação começou a circular, membros do partido, apoiadores e candidatos a vereador, foram pegos de surpresa com a condenação do candidato no Tribunal Regional Eleitoral.
A condenação refere-se a prestação de contas da campanha de 2018, onde o Tribunal condenou o candidato por diversas irregularidades. O resultado da condenação segundo o promotor de justiça é o candidato estar inelegível, isso porque a sentença transitou em julgado”, ou seja, não cabe mais recurso, e portanto não existe possibilidade de qualquer reforma deste entendimento.
Na sexta feira durante a inauguração do comitê, Léo Cunha, afirmou que “respeita a justiça”, mas que estaria sendo perseguido, sem citar quem estaria realizando a perseguição. Na ocasião ele não tocou no assunto sobre sua condenação e nem explicou porque ocorreram as irregularidades.
Nos grupos de whatsapp e rede sociais, seus defensores diziam que a impugnação era “FakeNews”, tentando levar as pessoas a acreditarem que não era verdade a notícia de sua impugnação, mas diante da publicação dos documentos da decisãodo TRE e do próprio MP, seus apoiadores, acabaram decepcionados.
Ainda na tentativa de defender o candidato, vários apoiadores publicaram uma certidão do TRE de quitação eleitoral, alegando que isso era suficiente para que Léo Cunha pudesse ser candidato. A quitação é apenas um dos requisitos para que o candidato possa ter a candidatura registrada, entretanto, não foram citados os demais requisitos, dentre eles o citado pelo promotor, não possuir condenação em tribunal colegiado em trânsito julgado referente a prestação de contas, caso em que Leo Cunha se enquadra.
Neste Domingo, em um grupo de WhatsApp de sua campanha, o candidato através de seu WhatsApp pessoal, partiu para guerra com o Ministério Público.
Leo Cunha acusou o promotor que é responsável pelo caso de “perseguição política” sem nenhuma cerimônia. A afirmação é grave e não parece ser adequada no atual cenário.
O Promotor cumpre seu dever funcional, não pode ele ser acusado de forma pessoal, visto que o Ministério Público e um órgão e não tem personalidade física dos seus promotores.
A afirmação despertou indignação por parte de vários colegas do Promotor.
Alguns promotores comentaram o ataque na condição de sigilo e disseram que a afirmação do candidato é grave e atinge a toda instituição.
“Não é aceitável que um candidato, condenado com sentenca em trânsito julgado, ataque um promotor, principamente porque ele mesmo causou a situação em que se encontra”.
Uma fonte próxima a promotores da cidade de Imperatriz, afirmou que Léo Cunha deveria respeitar o órgão e aguardar a definição da justiça: “Em face da afirmação vejo que o candidato tenta distorcer os fatos, pois, não existe perseguição alguma, apenas a aplicação da lei”.
A situação de inelegibilidade negada por Léo Cunha, parece ter abalado as estruturas de sua campanha, diante a gravidade do caso e de sua resposta, atacando inclusive o Ministério Público.