
Em publicação no X na noite desta quarta-feira (9/7), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ironizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o anúncio de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, medida divulgada pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump. Flávio “parabenizou” Lula de forma sarcástica e afirmou que o petista “conseguiu ferrar o Brasil”.
No texto, o senador classificou a política internacional do governo brasileiro como um “vexame” e culpou Lula pelo aumento das tarifas, alegando que a taxação seria resultado de provocações do presidente brasileiro contra os Estados Unidos, “a maior economia do mundo”.
“Você está com raiva dos brasileiros? Seu antipatriotismo não tem limites. Depois de tantas ações provocando a maior democracia do mundo, está aí o resultado do vexame da sua política internacional ideologizada”, afirmou Flávio na publicação.
O senador também comparou a nova tarifa norte-americana ao que chamou de “insaciável” política de aumento de impostos dentro do Brasil, atribuindo ao governo Lula uma postura de “esfolar os trabalhadores” por meio de altas cargas tributárias.
“Seu governo é baseado em aumentos insaciáveis de impostos, esfolando os trabalhadores, e agora o Brasil é taxado em 50% nas exportações aos Estados Unidos. É a mesma coisa que você tem feito com os brasileiros, que não aguentam mais pagar tantos impostos”, criticou.
Apesar da tentativa de parlamentares e grupos ligados ao bolsonarismo de responsabilizarem Lula e o Supremo Tribunal Federal (STF) pela tarifação, setores da economia, inclusive alguns ligados à direita, como o agronegócio representado pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), demonstraram preocupação com a medida.
Parlamentares da FPA defenderam uma “resposta firme” do governo brasileiro e pediram “cautela” para buscar diálogo, visando reduzir os impactos ao setor produtivo nacional.
A nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos preocupa exportadores brasileiros em áreas como o agronegócio e a indústria, que temem prejuízos à competitividade dos produtos nacionais no mercado norte-americano. O governo federal ainda não se pronunciou oficialmente sobre eventuais medidas de retaliação ou negociação para reverter a decisão.





