O secretário municipal de Cultura, Marcos Dualibe, foi exonerado na noite de terça-feira (30), pelo prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), após a contratação polêmica do Instituto de Educação Juju e Cacaia “Tu és uma Benção” para realizar o carnaval 2024.
O comando da pasta ficará temporariamente com o subprefeito do Centro Maurício Abreu Itapary.
Braide já havia demitido Aulinda Mesquita Lima Ericeira, chefe de gabinete de Marcos Dualibe, e o analista jurídico da Secult, Jean Felipe Nunes Castro Martins.
As exonerações vem na esteira do escândalo que se tornou a contratação milionária da escola infantil Juju e Cacaia para executar o projeto “Carnaval São Luís 2024”.
A entidade ganhou um contrato de R$ 6,9 milhões para realizar o pré-carnaval com o circuito “Cidade do Carnaval”, e o carnaval com os circuitos da Madre Deus, Passarela do Samba com a apuração das notas, Baile da Corte Momesca, Cidade do Carnaval, e o evento São Luís Gospel .
Após a repercussão na imprensa, a Controladoria Geral do Município (CGM) pediu à pasta que suspendesse o pagamento milionário.
A Secult anulou o o resultado Chamada Pública n.º 13/2023 e reabriu o edital para a seleção de novos projetos.
Além dessa contratação suspensa, outros contratos da Juju e Cacaia na gestão Braide vieram à tona. Em 2023, o Instituto Juju e Cacaia recebeu R$ 370 mil para executar uma festa de São João e no final do mesmo ano uma nota foi emitida constando o empenho de R$ 780 mil para a instituição devido a um contrato com a Fundação Municipal de Patrimônio Histórico para a elaboração de projeto e de execução de um monumento de Bumba meu boi da Avenida Vitorino Freire.
Por meio de nota, o Instituto de Educação Juju e Cacaia “Tu és uma Benção” negou que tenha ocorrido irregularidades em sua contratação.
Também veio a público o pagamento de R$ 300 mil para o Instituto realizar o evento São Luís Gospel em fevereiro de 2023. O recurso é oriundo de uma emenda parlamentar indicada pelo deputado estadual Fernando Braide, irmão do prefeito Braide.